sexta-feira, 28 de agosto de 2009

"Subversões, Proesia e outros Cantos" parte 1

Olha

Olha, não se esqueça do que eu disse
Hoje o sol nasce triste sem saber onde pairar
Olha não esqueça do seu sonho, seu amor, seu encanto
Em mim já fez seu luar


Olha não esqueça do que eu disse
em meio a versos tristes canto a sua falta
Olha não esqueça, quando a maré tá alta
Largo desses tempos que só maltrata


Olha não esqueça o que eu disse
Hoje eu guardo essa saudade
enquanto não posso te roubar
Olha não esqueça da maudade
outro pode por o seu coração em meu lugar

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Promessa de vida no meu coração

...
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã


É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando, é uma conta, é um conto
...

Deus não da asa a cobra, só os cobra tem asa
È a presença da ausência, o formenta e tormenta


Como as palavras tem poder!, realmente elas nunca voltam vazias...



terça-feira, 11 de agosto de 2009

Serenidade de Agosto

"Opa estamos de volta na ativa! Ultrapassando a expectativa! Sigo meu caminho, vou de mansinho, não piso sem malícia. Niver passou, idade aumentou, tempo de decisão, não vou me acorvadar agora irmão! Enfrento a dor de perder, luto com coração, não deixa-me espairecer.
Tudo novo de novo, e eu absorto, crio a situação, escapo da injustiça e conforta-me a razão.
Mantenho- as raízes e tradição. Goiano de sangue carioca, por meio de curvas tortas, simetrio a direção."

"Agora eu entendo onde é o lugar, e aquele que voçe busca sem cessar, que parte do sêu amago e te ativa sem radar. Sou eu e voçe no próprio ego de ser. Ser seu nome, sua consciência, seu exalar e saber do se é capaz de ter"


Agosto seco e vil, que crenças vão a puta que paril
Sou homem de raça, sangue e esmeril

Não espere pelo acordar, escuta chico para te guiar

" E quem me ofende, humilhando, pisando, pensando que eu vou aturar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
E quem me vê apanhando da vida duvida que eu vá revidar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Eu vejo a barra do dia surgindo, pedindo pra gente cantar
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Eu tenho tanta alegria, adiada, abafada, quem dera grita"


Sereno de agosto, serenidade a gosto :P

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Sorrisos Solitários

Hoje, fazem exatos 10 meses que moro só. Sem mais ninguém , apenas como compania, a minha imagem regfletida ao espelho, ora facelada pelas marcas do tempo, ora ambiciosa, buscando forças lá do infinito do nosso ser. È um quarto com banheiro, modesto para com a minha humildade e pelo meu passado, a qual é temperado pela nostalgia. O chão, empoeirado pelo tempo, lavo-o semanalmente e, percebo que necessita de mais do que minha habilidade braçal e produtos de limpeza, para eleminar por completo as matizes fúngicas. A mobília é antiga , madeira como o vaso ruim que não quebra. Nela, guardo meus pertences, vestes e eventualmente, faço batuques de samba com cantos de partidos altos, para espantar mau olhado. A cama é esquisita, enfadonha, parece que é suportada por um fino cordão. Quando deito, fico na torcida para não arregaçar as pernas como uma meretriz faz. De frente a cama, ao lado da porta, tem a televisão, mas não assisto muito, é muito alienante. A tela, parece, um buraco negro que te suga o corpo, e a mente, estática, não produz dedução, apenas segue a programação. Assisto jornais, Globo news, e Multishow e MTV . Sinto-me assim , parte de um pseudo mundo intelectual. Na grande parte do meu tempo, estou adentrado em páginas. Lendo. Busco, a priori,. a iluminação intelectual, afastando de mim os demônios da solidão. O conhecimento adquirido, tento, sabiamente aplicar ao dia-a-dia. Escrevo, bastante, em papel e caneta, textos, poesias, crônicas, trabalho da faculdade. Não tenho animais de estimação, não é permitido pelas autoridades. O lugar, onde moro, é uma coleção de quartos , onde figuram pessoas estranhas que buscaram a solidão como compania, seja por méritos ou deméritos, como eu. As pessoas são arredias, escusas, lhe veêm como inimigo pronto para roubar-lhe seus preciosos dividendos. O máximo de comunicação é a solicitação de arrumar a cozinha ou quando o cigarro destes, acabam. Tem uma janela no meu quarto , dá de frente para uma parede branca sólida, límpida. Ao lado da cama tem um frigobar, onde guardo água e alimentos. O problema é que ele faz um barulho horrendo, parece um ronronar de um monstro adormecido, e o motor que faz com que gele o seu interior, libera mais calor do que deveria. O banheiro é o lugar mais limpo do quarto, cheiroso pelo sabão-nosso-de-cada-dia. O chuveiro, elétrico é bom, não o bastante, mas é bom. Pedi para Dorinha (A dona do local) para desligar da tomada, desenrosquei a parte de baixo dele, onde estão furos, desuntupi alguns e alarguei a espessura de outros. Tomo uma ducha de água fria, seja qual for a estação do ano, literalmente.
O quarto (ou "apnet" como queiram é o meu refúgio),lá, eu guardo as mais estranhas da sensações. pensamentos, idéias e ideais. Vejo que não é, absolutamente, o lugar que queria estar quando tinha meus 15 anos e sonhava por demasia. Mas vejo que é necessário para o meu crescimento, espiritual e profissional. Até porque pessoas como eu, orgulhosas e excêntricas, escolhem sempre o caminho mais tortuoso, do que os dos demais. Assim alfora o individualismo, a sensação única de que somos únicos, e que a cada passo que damos, cada vez mais temos pegadas, o bastante, para o bom observador rastrear-nos.
Tenho plena consciência que o novelo da minha vida não vai ser desfiado nesse quarto, mas enquanto não acho o fio da miada, é aqui que mais uma vez dou "bom dia, dia" ao acordar, enfrento meus obstáculos, resguardo das minhas angústias, e sorrio, sorrisos solitários de quem tem muito o que aprender....