sexta-feira, 5 de outubro de 2012


Solidão Inveterada

Apaixono-me todos os dias, pelas estrelas, os sorrisos, o luar
Pelas cores urbanas, pelas árvores, ou o vibrante brilho do seu olhar
Divago-me há alguns dias, sobre a forma correta de expressar, este lírio surreal do gostar
Uma ponte temerosa, melindrosa está entre nós, cabe, a eu, ter o atrevimento de atravessá-la, ou cairei no rio em busca da sua foz.
Se, nadarei em busca do ar, em meu âmago se afogar, nesse fluído delirante de amar.
Perco-me na indelével batalha de ser, quando a meu ver, meu eu só concretiza em teu ser, a meu ver, quisera-eu poder me desvencilhar, sem minh´alma corroer.
Frustro-me quando atento percebo, mais um amor sem espaço no peito alheio, ou uma colheita irrisória no campo de centeio. Sem pão dessa vez, sem alimento, mantimento.
Creio que não seja, solidão inveterada... Inocência demais para cair nessa roubada....
Apaixono-me todos os dias, já me resignei nesse sentido, sou racional só para escrever ou tentar dar vazão, a esse calor em meu peito.