segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Elton medeiros, Nelson cavaquinho, Guilherme brito, Candeia
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Esse disco é de 1977, eu nem era nascido e nem no coco do meu pai eu tava, mas com ele aprendi a gostar de samba, vivenviciar o samba. Esses grandes intérpretes de samba e chorinho canta só as pedrada. Quem tá doente do coração é melhor tomar umas para escutar esse som, se não...já viu:
"Tire seu sorriso do caminho que eu quero passar com a minha dor, hoje para você eu sou espinho, espinho não machuca a flor"
Ou então, mais existencialista:
"Se alguém quiser fazer por mim
Que faça agora
Me dê as flores em vida
O carinho
A mão amiga
Para aliviar meus ais
Depois que eu me chamar saudade
Não preciso de vaidade
Quero preces e nada mais"
Track List
1 Não vem [Assim não dá]
(Candeia)
Interpretação: Candeia / Elton Medeiros / Guilherme de Brito / Nelson Cavaquinho
2 Sem ilusão
(Élton Medeiros - Antônio Valente)
Interpretação: Elton Medeiros
3 Notícia
(Nourival Bahia - Alcides Caminha - Nelson Cavaquinho)
Interpretação: Nelson Cavaquinho
4 A flor e o espinho
(Alcides Caminha - Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
• Quando eu me chamar saudade (Nelson Cavaquinho-Guilherme de Brito)
Interpretação: Guilherme de Brito
5 Amor perfeito
(Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
Interpretação: Nelson Cavaquinho
6 Gotas de luar
(Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
Interpretação: Guilherme de Brito
7 Sou mais o samba
(Candeia)
Participação: Dona Ivone Lara; Interpretação: Candeia
8 A vida
(Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
Interpretação: Guilherme de Brito
9 Não é só você
(Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
Interpretação: Nelson Cavaquinho
10 Chove e não molha
(Joacyr Santana - Élton Medeiros)
Interpretação: Elton Medeiros
11 Expressão do teu olhar
(Candeia)
Interpretação: Candeia
12 Rita Maloca
(Élton Medeiros)
Interpretação: Elton Medeiros
Instituto - Coleção Nacional
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Batidas, samples e instrumentos se aliam pra gerar climas de samba, dub, hip-hop e jungle, que se alternam naturalmente ao desenrolar do disco - afinal, estamos no Brasil.
Lokissimo! Vale a pena conferir!
BEATBOXSAMBA: A introdução do álbum fica por conta de Fernandinho Beatbox, mais conhecido praticante desta arte por aqui e membro do Z'África Brasil, que demonstra suas habilidades misturando hip-hop e samba. Antesala perfeita pra faixa seguinte.
CABEÇA DE NÊGO: Um dos pontos altos de "Coleção Nacional". O rapper Sabotage lança mão (pela primeira vez) de sua veia sambista pra prestar homenagem tanto aos orixás quanto aos heróis anônimos da raça negra no país. De arrepiar.
DIA DE DESFILE: Outra faixa onde o hip-hop e o samba se encontram, mas com uma perspectiva diferente. O tratamento dado aos vocais de Rappin' Hood (autor do standard "Sou Negrão"), e a poderosa linha de baixo gravada por Dengue da Nação Zumbi, remetem ao dub jamaicano.
NA LADEIRA: Produzida por outro membro da Nação (o mestre do ritmo Pupilo) e Rica, essa faixa tem o tempero manguebeat acentuado pelo vocal de Roger Man (do Bonsucesso Samba Clube). É a primeira do disco que agrega vários instrumentistas, entre eles Daniel Ganja Man, Quincas Moreira (que também assina o "Dub do Galo") e Alexandre Basa (do Mamelo Sound System).
O DIA SEGUINTE: As batidas do institucional Tejo e do aliado Zé Gonzales (que também risca em "Cabeça de Nêgo") servem de cama pra BNegão deitar mais uma profecia político-espiritual. Como de costume, o MC carioca brilha ao microfone - dessa vez com direito a citação do Tim Maia Racional e reforço de Otto, que canta o refrão. O galego aproveita a brecha e encarna uma alma penada que poderia ter saído da lendária casa noturna paulistana Madame Satã.
SOLARIS: Essa daí é a Nação Zumbi inna rub-a-dub style ou, se preferir, Los Sebozos Postizos. A percussão do combo de Recife é substituída por beats eletrônicos a cargo de Pupilo e Rica Amabis, numa faixa instrumental em que Dengue brinca de Family Man (baixista do Bob Marley), Lúcio Maia de Jeff Parker (guitarrista do Isotope 217) e Jorge Du Peixe presta suas homenagens ao finado mestre da melódica Augustus Pablo.
SÓ MAIS UM SAMBA: Outra instrumental, esse lounge com timbres lo-fi é a primeira produção de Daniel Bozio depois de sair do Mamelo Sound System, um bem-bolado com o mano Amabis que conta ainda com a clarineta de Luca Raele (Sujeito a Guincho). As tintas sonoras usadas por eles lembram tanto o trabalho solo do (tecladista dos Beastie Boys) Money Mark quanto o violão do divino Cartola.
DAMA TEREZA: Se em "Cabeça de Nêgo" Sabotage já apavora na levada do samba, aqui a casa cai. Cantando pra caralho, com sutileza malandra até umazora, ele se mostra digno de uma linhagem de contadores de história como Nelson Sargento e Monarco da Portela, nessa que é uma de suas melhores composições até aqui - e sem dúvida a melhor fusão de rap com samba que já se teve notícia.
TABOCAS: Nessa faixa o Z'África Brasil aparece com formação quase completa: além de Fernandinho, os MCs Gaspar e Funk Buia + o parceiro constante DJ Periférico (do Autoload) se unem ao Instituto e o baterista Sapotone pra passar sua mensagem, no som mais sério do disco. O grito de guerra contra o sistema pesa legal e o refrão, uma exaltação a Zumbi, bate forte.
VERDIN 2: A cozinha da Nação Zumbi soma forças com o trio nesse groove instrumental liderado pelo Hammond de Ganja Man.
DUB DO GALO: Interlúdio gravado em casa pelo músico e produtor Quincas Moreira e seu filho Lucas (que tinha à época um e meio de idade).
#1: Primeira colaboração sonora oficial entre Ganja e seu irmão Maurício Takara, engrossa o bloco dos temas instrumentais de forma substancial. Destilando influências do jazz-funk de Roy Ayers e da Banda Black Rio, a dupla chega num resultado de deixar os roqueiros-jazzistas do Tortoise ruborizados.
KIANCA: Beats chapados e sampler de assovio numa faixa com vocação pra trilha de filme feita pelo produtor gaúcho Flu.
JUNTANDO COCO: Remix do Instituto pra canção tradicional "COCO DO PNEU / UMA MEDALHA DOURADA / CAVALHEIRO, RODE A DAMA / A DESPEDIDA" de Dona Cila, Heleno Oliveira e Jaime Gonzaga do Nascimento, contém scratches do menino-prodígio Kid Koala.
SÓ VOU DEIXAR OS OSSOS: Apesar da grande mídia não engolir sua lírica corrosiva, Fred Zero Quatro é, ao lado de Mano Brown, o melhor letrista desses tempos. Aqui, ele faz uma alegoria sórdida da condição nacional - com as bençãos de Jorge Ben, Joe Strummer do The Clash e Serge Gainsbourg - sobre uma base recheada de ecos e delays.
TRAIDORES DA BABILÔNIA (TRAIDORES DUB): O disco se encerra com a faixa de reggae instrumental que dá nome ao projeto paralelo de integrantes dos grupos gaúchos Ultramen e Comunidade Nin-Jitsu. São quase dez minutos de sincera devoção a Mad Professor, Lee Perry e outros mestres jamaicanos.
Monobloco
Virada do ano, já já carnaval, então vai de um dos melhores blocos de carnaval do país. E esse cd tá massa, mistureba boa, alto astral.
Track list:
1. Coisinha do pai / Vou festejar
2. Rap do real
3. Miséria S.A.
4. Os orixás / Anunciação
5. Tropicana
6. Primavera (vai chuva)
7. Do Leme ao Pontal / O descobridor dos sete mares
8. Imunização racional (que beleza)
9. Baile da pesada - Participação Especial: Fernanda Abreu
10. Endereço dos bailes / Igualdade / Rap das armas / Rap da felicidade
11. Aquarela brasileira
12. Taj mahal / Filho maravilha (fio maravilha) / País tropical
13. Suíte dos pescadores (minha jangada) / Eu quero é botar meu bloco na rua - Participação Especial: Lenine
14. É hoje
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Eu fingo ter paciência
Olha..Há muito tempo um show de um músico não me deixava ansisoso e em uma expectativa enorme para revê-lo como o do "grande" músico brasileiro Lenine, quando há 6 anos atrás em um congresso da UNE, ele tocou de graça na praça universitária (E logo depois do show do Lenine, teve show do Arnaldo Antunes, alguem lembra ? ). Lenine tava na turnê do algum "Falange Canibal" e seus "ecos do ão", zuniram na minha cabeça. Então, esperei o show do cara. Se não me engano ou me falha a memória não me lembra nenhum show dele desde esse do congresso, até porque já conversei com colegas que apreciam o trabalho da cara e eles compartilharam das minhas memória.
Aí....na semana passada, tomando umas com uma colega da faculdade, ela soltou que ia ter show do lenine na segunda feira (dia 14 de dezembro) na UFG. Bom, fiquei logo entusiasmado de cara né ? Esperando o show do cara e pá e ainda na UFG ? Pô, melhor impossível, só quem frequenta aquela universidade e aquele espaço (pode ser até o bosque, tem problema não) sabe a vibe positiva e tranquila que rola lá. È quase um "shelter", tomando emprestado essa palavra inglesa. Até ae tudo bem, mas logo, o entusiasmo virou uma dor de cabeça.: -Tinha prova de legislação ambiental no mesmo horário do show, prevista para 20:00 horas . Fiquei puto de raiva, não podia faltar a prova, professor ia me sacanear fácil se faltasse. Humildemente mandei emails professor pedindo humildemente para realizar a prova no horário matutino e para surpresa minha: Ele simplesmente respondeu : Ok Walter, Atenciosamente. Putz! Ia ser o show mais louco de todos, há se ia.... Bom mas "ia", que na verdade é "iria" em um bom português falado e coloquial é futuro, e futuro só vivendo para sabê-lo. Fomos para o shwo, luiz , a namorada dele, raphael (amigo nosso de infância, de uruaçu) e eu. Chegamos lá e ficamos desanimados tava uma filaaaaaaaaa enorme, aí eu sai na frente para pegar lugar na fila mas, chegando no Cento de Cultura e Evento da UFG (belíssimo) para minha surpresa, a fila era para o bar, (Putz!!) Aí melou tudo. Quando entramos no local do show, tinha uma galera sentada para assistir o evento, que creio eu , deve ser os funcionários e convidados da UFG, e o Lenine já estava tocando "Martelo Bigorna" que abriu o show. Bom até aí tudo bem. Mas a fila da cerveja ainda tava enoooooooorme, e o pior de tudo que a mulherada sacana como só elas sabem fazer, não comprava cerveja pra mim (Deve ser porque sou feio, porque labiata eu tenho). Então fui curtir o show. Curti do lado direito do palco, com alguns amigos que encontrei lá. Bom, na minha opinião o show tava muito doido, principalemente pela qualidade do som, a acústica do ambiente, e pela harmonia perfeita entre o baixista e o baterista que tocam pra caralho. E nisso o Lenine esqueceu a letra da música "Samba e Leveza" de autoria dele e nada menos que Chico Science. Aí, veio praticamente ele mandou todas do Labiata (Lá vem a Cidade foi a mais doida) tocou as clássicas pop (è o que me interessa, paciência, todas elas juntas num só ser), tocou "A rede" , "jack Sou brasileiro", "Hoje eu quero sair só" , "Tudo por acaso""Do it", e fechou com "Alzira e a torre" e ainda mandou uns jam de O rappa e Jorge ben. O Lenine é um cara louco de natureza e sábio de personalidade, soube levar a galera na ginga e com presença de palco. Tá ae tudo bem mas...... vamos aos contras : - Que porra é aquela que o guitarrista fazia ? O cara ficava viajando naquele apple dele, enquanto o baixista mandava uma line meio dub e esquecia de tocar guitarra! Foi muito estranho, ou ele que é estranho, vai saber, algumas músicas que eu adoro ficaram no vácuo (Tá o cara não tem saúde pra ficar tocando 4, 5 horas hehe) E o contra maior de todos: Por favor, filas enormes para comprar cerveja é inadimissível, ainda mais num espaço daquele. Fila já basta de pagar contas, bancos, INSS, falar com aquele professor sacana na sala dele, e pegar o 020 (pra quem anda de ônibus claro) Mas, contudo, entretanto, todavia, ainda sou fã do som do Lenine, toca muito e nesse show eu acho que eu entendi quando ele canta que "eu fingo ter paciência"
Não foi lá o que eu esperava, mas é a lei da vida, quando criamos expectativa demais sobre algo, talvez nunca sairá tão bom como a gente gostaria que fosse. Mas valeu, e como valeu :D
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Numa dessas andanças...
Numa dessas andanças
Eu e a esperança
Encruzilhamos na estrada
Cheio de Mistério
ela se foi, não há remédio
Que ela não esteja errada
Eu fui instigado
Coração encucado
Investigo se é cilada
Meu caminho sigo sozinho
Me impressiona o destino
Provo e há provas, dessa jornada
Penso no caminho dela
Em seus pés e percalços
Sorriso em seus traços
Numa dessas andanças
Se uniram em caminhos
Eu e a esperança
Eu e a esperança
Encruzilhamos na estrada
Cheio de Mistério
ela se foi, não há remédio
Que ela não esteja errada
Eu fui instigado
Coração encucado
Investigo se é cilada
Meu caminho sigo sozinho
Me impressiona o destino
Provo e há provas, dessa jornada
Penso no caminho dela
Em seus pés e percalços
Sorriso em seus traços
Numa dessas andanças
Se uniram em caminhos
Eu e a esperança
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Redescobrimento
"Só me interessam nessa vida os para chegar em mim mesmo
Ando devagar porque já tive pressa
O sorriso é meu aliado, as lágrimas um pesar
Martirizo, incrimino-me...continuo a andar
Passo por passo, rumo ao objetivo
Se não for novoa horizontes, o que será ?
Com a força a emoção a razão é o meu pendão
O destino é absoluto, vários os rumos a entreleçar
Haverá do dia que em mim, eliminará o socorro
O folêgo, trôpego, é o veneno do meu próprio esforço
Se vejo que estou perdido, em silêncio me percorro....
Ando devagar porque já tive pressa
O sorriso é meu aliado, as lágrimas um pesar
Martirizo, incrimino-me...continuo a andar
Passo por passo, rumo ao objetivo
Se não for novoa horizontes, o que será ?
Com a força a emoção a razão é o meu pendão
O destino é absoluto, vários os rumos a entreleçar
Haverá do dia que em mim, eliminará o socorro
O folêgo, trôpego, é o veneno do meu próprio esforço
Se vejo que estou perdido, em silêncio me percorro....
E redescubro...., surpreendemente me redescubro"
Referências
Almir Sater, Engenheiros do hawaii, Hermann Hesse.
Referências
Almir Sater, Engenheiros do hawaii, Hermann Hesse.
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