Solidão Inveterada
Apaixono-me todos os dias, pelas estrelas, os sorrisos, o
luar
Pelas cores urbanas, pelas árvores, ou o vibrante
brilho do seu olhar
Divago-me há alguns dias, sobre a forma correta de expressar,
este lírio surreal do gostar
Uma ponte temerosa, melindrosa está entre nós, cabe, a eu,
ter o atrevimento de atravessá-la, ou cairei no rio em busca da sua foz.
Se, nadarei em busca do ar, em meu âmago se afogar, nesse
fluído delirante de amar.
Perco-me na indelével batalha de ser, quando a meu ver, meu
eu só concretiza em teu ser, a meu ver, quisera-eu poder me desvencilhar, sem
minh´alma corroer.
Frustro-me quando atento percebo, mais um amor sem espaço no
peito alheio, ou uma colheita irrisória no campo de centeio. Sem pão dessa vez,
sem alimento, mantimento.
Creio que não seja, solidão inveterada... Inocência demais
para cair nessa roubada....
Apaixono-me todos os dias, já me resignei nesse sentido, sou
racional só para escrever ou tentar dar vazão, a esse calor em meu peito.