quarta-feira, 8 de abril de 2009

Páscoa

Está chegando a Páscoa. aliás , entediante como sempre. O que salva, há o que salva.. È o feriado, o descanso, a viajem para rever familiares e animais de estimação. Fora dizer ainda tem aqueles professores sovinas que insistem em solicitar entregas de trabalho. seminários, questionários, pesquisas mais complexas pós-pascóa com um intuito de incomodar. Mas isso nós tiramos de letra, como sempre. Voltemos a Páscoa. A palavra em si, tem origem no hebraico "pessach" que significa "passagem". Acho que isso é o mais interessante da Páscoa. Passagem da morte para a vida, a ressurreição, de Jesus Cristo. No período da Páscoa, os judeus (este povo incógnito) celebravam a libertação e fuga deles no Egito.
Introdutório feito, ressaltarei aqui a morte, sim a morte de Jesus Cristo. A morte salvadora, o fado inpensável, as dores incalculáveis. O escolhido pelo antropomórfico deus, a dedo, a frio e cálculo. O escolhido, Jesus ou Yeshua, em aramaico, peregrinou da galiléia as vizinhanças, sempre acompanhado por aqueles que o temiam, os apóstolos, que alíás, temiam-no tanto, que acreditavam no que ele falava. Jesus falava com tanta propriedade e austeridade, que o temor que lançava sobre os ouvidos e almas sãs, instaurava o medo insano. E este medo que os infiéis(milhares) sentiam, tornava-se em fé. E o seguiam por isto. E o medo foi tamanho, que o desafiaram(sempre tem os céticos aliás, é bom eles existerem ás vezes), e quando desafia medo com paz("Paz de deus", quem nunca sentiu ?), resta a morte, fria e vil. E jesus como o bom cordeiro, o cordeiro que é entregue ao sacrifício, morreu, se sacrificou, por todos, ou por ele mesmo. E a sua morte, todos sabem, não preciso ressaltar para uns é até pecado falar com falta de propriedade sobre ela, hipócritas que são, no mundo morrem muito jesus por dia, em favelas, becos, mercados, desertos, selvas..mas isso é detalhe, melhor, abnegação...
Saramago , mesmo diz :
"A Inquisição é uma polícia e é um tribunal, por isso haverá de prender, julgar e condenar como fazem os tribunais e as polícias, Condenará a quê, Ao cárcere, ao degredo, à fogueira, À fogueira, dizes, Sim, vão morrer queimados, no futuro, milhares e milhares e milhares de homens e mulheres, De alguns já me tinhas falado antes, Esses foram lançados à fogueira por crerem em ti, os outros sê-lo-ão por duvidarem, Não é permitido duvidar de mim, Não, Mas nós podemos duvidar de que o Júpiter dos romanos seja deus, O único Deus sou eu, eu sou o Senhor, e tu és o meu Filho, Morrerão milhares, Centenas de milhares, Morrerão centenas de milhares de homens e mulheres, a terra encher-se-á de gritos de dor, de uivos e roncos de agonia, o fumo dos queimados cobrirá o sol, a gordura deles rechinará sobre as brasas, o cheiro agoniará, e tudo isto será por minha culpa, Não por tua culpa, por tua causa, Pai, afasta de mim este cálice, Que tu o bebas é a condição do meu poder e da tua glória, Não quero esta glória, Mas eu quero esse poder. O nevoeiro afastou-se para onde estivera antes, via-se uma pouca de água ao redor do barco, lisa e baça, sem uma ruga de vento ou uma agitação de barbatana passando. Então o Diabo disse, É preciso ser-se Deus para gostar tanto de sangue."
Aliás minha páscoa em vez de ovos de chocolate, terá gosto de sangue, amargo e viscozo. Ou então com droga dentro, mas isso é uma maravilha do mundo moderno, naquela época não tinha ovos de páscoa com maconha ou pó dentro. Talvez a droga daquela época, era a crença na ignorância, no temido, no que não sabem ou no que eles nem queria imaginar em saber.
Salve Jesus.
Bom feriado a todos
Amém.

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