terça-feira, 21 de julho de 2009

Cinefilia, Paulo José, Bob Dylan e outras Histórias.

Sempre tive dificuldade em dizer meus filmes favoritos. Não tenho um que goste mais que o outro ou outro que goste mais de mim. Sei, confesso, que sou um cinéfilo de natureza, desde que vi "Meu primeiro amor" no cinema. Delicio, pelo fascínio que um filme pode causar. Um roteiro bem construído é com absoluta certeza, algo que farei ao longo da minha singela existência. O ofício de ator é algo absolutamente sublime, uma interpretação bem feita, além de aplausos do público, o turbilhão de emoções deve ser quase impossível de se descrever. Presenciar um espetáculo é literalmente "o espetáculo".
Recentemente, assisti dois filmes que me causaram extremo júbilo. Um nacional e outro estrangeiro.

Saneamento Básico, é um filme que, em sua simplicidade e singeleza, torna atrativo, diferente, admirável. O enredo é cotidiano, diário, típico de só quem viveu ou nasceu num interior dessa terra brasilis pode compreender em sua plenitude. O conflito dos protagonistas, as dificuldades, os perrengues, que eles enfrentam, ao desfecho da história, é simplesmente uma lição, um tapa na cara de quem não consegue se quer levantar a bunda da poltrona carcomida (a lá Bonfá) para correr atrás dos seus sonhos. È um filme completo, para todas as idades e todos os gostos. De tão tudo..ele é único.
Somente o Paulo José, em uma cena, interpretando um cientista, já vale a 1 hora e meia de filme inteiro. A Camila Pitanga então... nem se fala. Ainda tem uma galera de peso. (OS mesmos de sempre hehe) Veja o triller rs
Direção do Jorge Furtado ( O mesmo de "O homem que copiava)



Confesso que nunca fui fã de Bob Dylan, não tenho uma música ou cd dele sequer e ainda prefiro a versão do Rolling Stones para a música "Like A rolling Stone" que é umas das músicas mais perfeitas que um ser humano já compôs...Até quando vi Não Estou lá (I´m not there) filme sobre a vida dele. O Bob dylan é tão fod,a que no filme, precisou de 7 atores diferentes para reviver as loucuras ao longo da sua carreira e só os fera : Richard Gere, Cristian Bale, Heath Ledger e até a Cate blanchett (Sim! Ela merma). A escolha da trilha sonora encaixou como uma luva nas cenas. Só o blues-folk com pintadas de jazz e rockn roll . O branco que tocava música de negro. O foda do filme, foi a quantidade de cigarro que a galera fumou no filme, segurei até o final do filme pra fumar. Fodástico!



Filme, ator, interpretação. Pegando o gancho desse assunto, deca eu te contar uma historinha:

Quando passei o reveillon em Pirinopólis (fantástica cidade), meu irmão levou o livro "Jogos Para Atores e Não Atores" do Augusto Boal. Cheguei a ler algumas partes dele. Achei muito interessante. Tempos depois meu irmão disse que o Augusto faleceu e talz, e vi o tanto que o cara era foda! . Choquei! tava lendo o livro do cara alguns dias atrás o_0
Augusto Boal foi um dos criadores do "Teatro do Oprimido".
Mundialmente condecorado, premiado, reconhecido. Brasileiro é foda né cara ?
Com as palavras dele fecho esse post :

""Que cada um diga o que fez, a que veio e por que ficou. E que cada um tenha a coragem de, não sabendo por que permanece, retirar-se."

5 comentários:

Luiz Alfredo disse...

Concordo plenamente meu irmão: cinema consegue nos elevar, nos fazer pensar, e até mesmo distrair (embora ultimamente só a distração tem contado).
Dos dois filmes, vi só o do Bob Dylan. Já não gostei tanto assim. O elenco é estelar, mas o roteiro achei um pouco confuso. O ritmo é meio complicado, várias vezes deu vontade de desligar a tv. Pela ideia nota 10, agora não sei se a realização deu certo.
E o Boal, nem se fala né?
Que frase maravilhosa você achou pra encerrar o post! Perfeito!
Abs

Anônimo disse...

A recíproca é verdadeira.
Assuntos deliciosos aborda aqui.

Anônimo disse...

E eu o Luiz comentamos quase ao msm tempo!Legal!

waltim^^ disse...

Hehe verdade!
Valeu! ^^

Luiz Alfredo disse...

Waltin
De onde você tirou a frase do Boal, foi do "Jogos para atores e não-atores" ?
Gostamos muito da frase, queremos usá-la no filme
Abs